Centro de controlo unificado para infraestruturas portuárias

O complexo funcionamento dos portos, que podem, por vezes, assemelhar-se a pequenas cidades, implica que um sistema SCADA tradicional não consiga disponibilizar os requisitos técnicos necessário...

Categorias
Setores

O complexo funcionamento dos portos, que podem, por vezes, assemelhar-se a pequenas cidades, implica que um sistema SCADA tradicional não consiga disponibilizar os requisitos técnicos necessários para integrar todas as operações.

É por isso que, em seguida, propomos uma solução de Centro de Controlo de Operações Unificado para infraestruturas portuárias, a peça-chave para a transição para um Smart Port.

Unificar operações como a identificação e receção de navios, o controlo de acesso e segurança física ou a gestão dos edifícios (BMS) que fazem parte do porto, não é uma tarefa fácil se não estiver disponível o software adequado. Porquê uma proposta para unificar as operações? A resposta é simples: porque a integração das operações na mesma plataforma permitirá otimizar os recursos e aumentar a eficiência das operações e na tomada de decisões.

Recordemos que os objetivos de um porto são (entre outros) melhorar a sua competitividade no comércio, ter maior rentabilidade a nível comercial graças à otimização dos processos e da gestão, melhorar e aumentar a eficiência na ligação com o seu meio envolvente e a cidade e, em suma, melhorar a sua produtividade.

Propomos o seguinte conjunto de operações a título de exemplo. Consegue imaginar tê-las todas integradas no mesmo Centro de Controlo Unificado?

A maior valia do sistema UOC (Unified Operations Center) da Wonderware-AVEVA é a grande flexibilidade que oferece tanto na integração de diferentes equipamentos de campo (como painéis de sinalização variável, controlos de acesso, videovigilância, pontes rolantes, entre muitos outros) como na integração de diferentes fontes de informação transacional, como o sistema ERP, o sistema de gestão de tráfego portuário, previsões meteorológicas, entre outros.

Com o acesso em tempo real a dispositivos de campo e a integração dos sistemas transacionais, cria-se um modelo digital do porto que serve como base do Centro de Controlo Unificado. Este modelo digital permitirá aos operadores portuários (entre outros aspetos):

  • Modelar operações e lógicas de negócio.
  • Interligar informação de diferentes fontes de dados para tomar decisões automatizadas.
  • Digitalizar processos com a funcionalidade BPM, bem como a troca de informações e serviços (fluxos de trabalho) entre operadores de gestão, a capitania marítima, o operador da torre, os terminais, as companhias marítimas, entre outros. Em suma, ligar os diferentes intervenientes da cadeia logística à plataforma para agilizar transações e os procedimentos burocráticos.
  • Historizar grandes séries de dados e explorá-los criando modelos de Business Intelligence. Os dados recolhidos dos elementos de campo e ao longo das interações entre veículos, pessoas e instituições permitirão tomar melhores decisões no futuro.
  • Gerar KPI e Dashboards que permitam monitorizar os parâmetros essenciais da atividade portuária e atuar sobre os sistemas em caso de anomalias.
  • Gerar de forma nativa vistas multiecrã (vídeo-wall) para o centro de controlo para permitir a visualização contextualizada de todas as operações relacionadas com o porto, incluindo a integração de aplicações externas.

Todas estas funcionalidades do Centro de Controlo Unificado (UOC) permitirão aos gestores portuários evoluir para um modelo mais eficiente com uma visão clara da digitalização. Isto permitir-lhes-á (como já está a ser feito noutros portos como os de Barcelona, Roterdão ou Los Angeles) abordar iniciativas 4.0 como:

  • A implementação de sensores IoT em terra e mar e sensores móveis aéreos (drones) e a sua integração na plataforma UOC. Num porto, é importante ter sensores de todos os tipos e em todos os lugares, uma vez que devem capturar-se todos os parâmetros necessários para poder atuar em tempo real em caso de problemas ou incidentes. Além disso, estes sensores, por sua vez, alimentam o sistema Historian para armazenar toda a informação relevante e fornecer dados a ferramentas de Big Data e Machine Learning com o objetivo de planear o futuro e antecipar acontecimentos.
  • Integrar digitalmente toda a gestão de segurança física do porto (PSIM) bem como a resolução de incidentes e a apresentação de alertas. Integrar também os equipamentos numa plataforma de gestão da manutenção e na plataforma GMAO de gestão de ativos.
  • Outra possibilidade é o BIM (Building Information Modelling) e a sua integração com o UOC da Wonderware-AVEVA. O BIM oferece a possibilidade de planear e fazer a manutenção da infraestrutura portuária através da utilização de Digital-Twins. A criação de uma cópia digital, uma cópia virtual do porto para ajudar a gerir a zona portuária.

  • Monitorização das colunas de água em tempo real, previsões do nível da água no cais e painéis de navegação.
  • Partilha de informação no sistema para que os camionistas saibam em tempo real o tráfego no porto, aumentando assim a fluidez e reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa.
  • Otimizar o tráfico no porto, melhorando a segurança e a sustentabilidade graças à informação sobre os navios, integrada no sistema e às ações dos diferentes serviços portuários.
  • Container Tracking Application (CTA), que permite conhecer sempre a situação de um contentor que atravessa o porto utilizando apenas o número do contentor e a escala do barco, bem como integrá-lo visualmente no sistema GIS (GISIZE) integrado no UOC.

Em suma, na gestão de operações, a união faz a força e as iniciativas decorrentes da implementação de um UOC ou Centro de Controlo Unificado no porto vão atuar como um acelerador para a transição para um Smart Port, a digitalização e a melhoria da eficiência.