Qualquer base de dados

A importância das bases de dados para o correto funcionamento de qualquer instalação ou processo é indiscutível, armazenar a informação sempre teve muita utilidade (rastreabilidade, cálculos agregados, diagnóstico, …).

No entanto, está a acontecer algo interessante com as BBDD. Devido à mudança/evolução que significa a digitalização e a automatização – não só do processo, mas também dos sistemas – cada vez se utilizam mais. Isto deve-se, principalmente, a duas mudanças notáveis relativamente ao seu uso tradicional:

1. Tornaram-se gateways entre ferramentas de software.

A imensa maioria dos novos projetos de engenharia de software industrial ou automatização de processos implica integrar diferentes ferramentas. O problema reside no facto de estas ferramentas, muitas vezes, serem programas que não foram concebidos para trocar informações de forma fluida com outro software. Perante esta situação, costuma-se utilizar uma BBDD como gateway intermédio, uma ferramenta insere/atualiza certos dados na BBDD e a destinatária desta informação lê-os daí.

É importante destacar que a inserção/leitura/escrita numa BBDD para a troca de valores/tags individuais é sempre pior do que utilizar um protocolo de comunicação padrão – perde-se a comunicação em tempo real, a bidirecionalidade é complexa, …- , mas é muito válido quando se deve guardar informação de valores acumulados, históricos, tabelas inteiras, etc.

2. Irrupção de novos tipos de base de dados

O monopólio das bases de dados SQLServer ou baseadas em SQL terminou. O seu uso continua a ser imprescindível, mas, em paralelo com os novos projetos, surgiram novas BBDD que se ajustam melhor às novas necessidades. É especialmente importante destacar:

I Bases de dados para séries temporais. Este tipo de BBDD são muito mais rápidas e eficientes do que as BBDD de dados relacionais na hora de processar informação com estampagem temporal. Entre elas, é especialmente notável o papel e a relevância que está a ganhar a InfluxDB, sendo a opção de BBDD preferencial de ferramentas como o Grafana ou o PowerBI

I Bases de dados de fornecedores verticais. Existe um conjunto de fabricantes de software ERP que, juntamente com o próprio ERP, fornecem uma base de dados própria. A vantagem do seu uso não reside tanto nas suas propriedades, mas sim na fácil integração que proporciona com o seu sistema. Neste apartado, poderíamos nomear as bases de dados da Oracle ou, inclusive, a SAP HANA, a ferramenta de armazenamento e big data da SAP

I Bases de dados de arquitetura distribuída. Em ambientes onde se prefira mais a agilidade, a escalabilidade e a flexibilidade da arquitetura, existem bases de dados de código aberto que se ajustam muito melhor do que as tradicionais. Embora seja verdade que não abundam em ambientes produtivos, estas BBDD encontram-se com muita frequência em ambientes de gestão e, especialmente, de instituições públicas, onde se privilegia a arquitetura de armazenamento de dados distribuída. Entre este tipo de BBDD, destaca-se a MongoDB pela sua resposta, o seu custo e, sobretudo, pela comunidade que existe por trás.

Perante o desafio de como integrar este novo tipo de repositório com os sistemas tradicionais de controlo e monitorização de uma instalação – seja uma fábrica ou uma infraestrutura – a Logitek fornece a solução OPC Router.

O OPC Router é uma ferramenta fácil de utilizar, escalável e segura, com a capacidade de ligar qualquer tipo de BBDD – baseada em SQL ou não – com os demais sistemas presentes na instalação. Explicamos alguns exemplos:

I Integrar os dados de processo com sistemas de historização

Arquitetura exemplo: plugin OPC + plugin SQL/InfluxDB/MongoDB

A nível de controlo de processo, o OPC é o protocolo de comunicações industriais padrão. Com ele e com o uso de qualquer OPC Server, terá acesso aos dados de campo. Através dos seus drivers de conectividade OPC e para BBDD, poderá montar um repositório de dados simples e direto.

I Integrar os dados históricos na cloud

Arquitetura exemplo: plugin SQL/InfluxDB/MongoDB + plugin MQTT

Um dos objetivos que se pretende nos novos projetos é garantir a persistência dos dados perante qualquer problema. Uma das soluções que se encontra para isso é redundar os dados na cloud. Para isso, existem dois caminhos: enviar os dados diretamente da fonte ou, se não for possível, enviá-los do repositório. Quase todas as clouds – IBM Watson, Azure, AWS, etc. – utilizam o MQTT como ferramenta de ingestão de informação.

I Integrar um ERP com um sistema MES

Arquitetura exemplo: plugin SQL/InfluxDB/MongoDB + plugin SAP/Webservices

Quando um sistema MES em questão não tem os drivers necessários para ligar diretamente com o sistema ERP – SAP ou qualquer outro -, sempre se optou por um desenvolvimento à medida. Evidentemente, os desenvolvimentos à medida implicam sistemas não escaláveis e de difícil e dispendiosa manutenção. Perante esta situação e sempre que não seja crítico o tempo real, o OPC Router é um facilitador da troca fluida de informação entre ambos os sistemas. Atacando as BBDD do sistema MES – que costumam ser SQL -, é capaz de enviar a informação utilizando a conectividade nativa do ERP de uma maneira bidirecional, estável e escalável. Esta é a situação e a arquitetura para o que atualmente mais se utiliza o OPC Router.

I Integrar diferentes bases de dados entre elas

Arquitetura exemplo: plugin SQL/InfluxDB/MongoDB + plugin SQL/InfluxDB/MongoDB

Como foi comentado, existem muitos projetos que implicam transformar séries de dados de um lugar para outro, seja por interoperabilidade ou por otimização de recursos. Integrar uma base de dados com outra não é simples, implica ter um cliente capaz de adquirir/ler a informação de uma e, perante um evento específico ou periodicamente, inserir/atualizar os dados na outra, tendo em conta que os campos das tabelas não coincidam em ambas, por dar um exemplo. O OPC Router, através dos seus triggers, campos editáveis e scripting, permite desempenhar esta função facilmente.

I Integrar dados em CSV ou XML em bases de dados

Arquitetura exemplo: transfer object CSV/XML + plugin SQL/InfluxDB/MongoDB

O uso de ficheiros CSV e XML continua a ser muito comum, sobretudo naqueles sistemas que já têm alguns anos. O problema surge em como integrar estas fontes de informação com os sistemas de exploração de dados mais atuais, nem todos eles têm a capacidade de executar scripts para desparear e parear a informação, separar os campos, as colunas, etc., e interpretar para onde deve ir cada um dos valores. Mais uma vez, o OPC Router é a ferramenta que permite integrar estes ficheiros com os sistemas mais atuais.

Estes são apenas alguns exemplos dos muitos que podemos encontrar. O que é indiscutível é que o ambiente das bases de dados mudou, agora devem trabalhar tendo em conta múltiplas origens e destinos da informação. E para realizar este processo de integração sem cair em erros e desenvolvimentos à medida, o uso de ferramentas convencionais vai ser imprescindível.

Se tiver outros casos que gostaria de nos apresentar ou quiser ver como resolvemos os comentados anteriormente, não hesite em entrar em contacto connosco ou dar uma vista de olhos mais profunda à solução.

Pode consultar todos os posts desta série:

https://www.comunicacionesindustrialeslogitek.com/opc-router-podemos-integrarlo-todo/

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