Select Page

Gestão inteligente do Ciclo Integral da Água: experiências da Hidraqua e Aquona

  Esta foi a segunda palestra do evento: “Tecnologia, Big Data e Sustentabilidade: proposta de definição de Smart City”, ao qual tivemos o acerto de assistir no centro de inovação...

A gestão da Água na SmartCity

Imagem do filme “Le ballon Rouge”

 

Esta foi a segunda palestra do evento: “Tecnologia, Big Data e Sustentabilidade: proposta de definição de Smart City”, ao qual tivemos o acerto de assistir no centro de inovação do BBVA.

Tentamos não deixar passar nenhum encontro entre apaixonados da Smart City, já que são ocasiões em que aprendemos, descobrimos e partilhamos pontos de vista. A Smart City é um conceito tão vivo, tão recente, que exige uma atenção similar à que é preciso ter com um bebé. Sabemos, sabemos, somos pais e talvez exageremos, mas já me entendem!

Ouvir Antonio Sánchez foi um prazer, aí não há exagero. Realmente, Antonio conhece muito bem a sua área, é um grande com um enorme percurso. Para os que não o conhecem, copiamos a bio com a qual se apresentou ao evento.

Engenheiro de Telecomunicações, MBA e chefe de Telecontrolo de Águas de Alicante, a primeira empresa público-privada no mundo no setor da água (segundo o Banco Mundial). Tem mais de quinze anos de experiência no Grupo Agbar e participou em projetos de investigação internacionais (Chile, China), como colaborador na rede da UENetwork “@qua ICT for Water Efficiency” (http://www.a-qua.eu/). Desde maio de 2013, coordena a área de Smart Cities do portal www.i-ambiente.es.

Lamentavelmente, não podemos anexar o vídeo da sua apresentação porque falhou o streaming e não ficou gravada a sua palestra, mas prometemos pedir-lhe a sua apresentação para ver se é possível partilhá-la por slideshare.

Antonio começou a sua palestra comentando termos tão populares atualmente como “Big Data” e “Smart Things”. Realmente, concordamos com ele que, em demasiadas ocasiões, se fala mais do conceito do que da realidade que tentam representar. Perder a realidade para se centrar no conceito é a causa pela qual lentamente nos vamos afastando mais e mais do lado prático das ideias. É similar ao olhar sobre um balão de hélio que se afasta mais e mais da mão que o retinha no chão. Se olharmos unicamente o balão a afastar-se (é verdade, é vermelho, é atraente), perdemos o marco de referência que é o que nos diz que já não estamos no chão, que nos afastámos, que já estamos a falar sobre coisas que não se ajustam necessariamente à realidade.

Este fenómeno tão comum em âmbitos como as Smart Cities não é necessariamente errado. Às vezes, é necessário perseguir balões para alcançar realidades mais espartanas e práticas. Nós, como engenheiros, tratamos de combinar ambos os aspetos. Mas, tal como Antonio, na hora de plasmar os projetos não temos mais remédio que procurar as formas e deixar de lado as sombras, conscientes de que aquelas sombras podem formar melhores formas. Isso é o progresso! Perseguir sombras para alcançar novas formas! Alcançar balões para devolvê-los à mão que os deixou escapar!

 

A Smart City e a gestão inteligente

Imagem do filme “Le ballon Rouge”

 

 

Antonio falou da importância de uma gestão inteligente. É que, realmente, gerir inteligentemente os recursos que já temos torna mais inteligentes os próprios recursos. Conceitos como Smart Water, do qual nós mesmos falamos na nossa web, não é mais (nem menos) que tornar o uso deste recurso num uso eficiente. E como se consegue isto? Fazendo uso de tecnologias avançadas que permitam otimizar ditos recursos. Tecnologias que, além disso, permitam geri-los com dados em tempo real. Imaginam que sofrêssemos uma entorse e não nos déssemos conta disso até dois dias depois? O corpo humano, como sabem, faz uma gestão inteligente dos seus recursos. Imitemo-lo. Na medida em que o possamos fazer, alcançaremos uma melhoria de vida do cidadão, do meio ambiente, da economia…

De gestão inteligente da água Antonio tem muito para mostrar. Falou-nos dos dois projetos de gestão Aquona e Hidraqua:

  1. Aquona: líder de gestão de água em CastillaLa Mancha e Castilla y León, participa no consórcio Smart City Valladolid e Palencia.
  2. Hidraqua: referente de gestão de água na Comunidade Valenciana, participou no projeto @aqua.

Realmente, afirma Antonio, não temos nada a invejar à gestão da água de outros países. Contamos com soluções ao alcance da mão, como são:

1. Public Administration Smart Synergies: Sistema de colaboração com a administração: Gestão de inundações (SIPAID) a partir de partilhar informação de estações de controlo e seguimento de dados.

  1. Qualidade de águas balneares: App iBeach, publicação em tempo real de dados de acesso e condições meteorológicas de praias, previsão de qualidade de águas balneares. (Ex.: praia de San Juan…)
  2. Qualidade de água potável: Partilhamos dados de gestão de água entre empresas e administração em diferentes territórios.
  3. Veda virtual de obras

2. Smart Citizen information: Veda virtual de obras, com dados em tempo real de estado e situação da obra.

  1. Informação sobre cortes programados. Melhoria do compromisso da empresa com os seus utilizadores.
  2. Teleleitura para o cidadão: Oferecer informação ao cidadão que se pode configurar segundo as necessidades do cidadão. Com alertas em tempo real dirigidas ao cidadão.

3. Smart Asset Management:

  1. Renovação de redes de forma inteligente.
  2. Regeneração da água.

4. Sustainability and circular economy
5. Desenho de infraestruturas em zonas inundáveis na praia de San Juan, de Alicante.

 

Antonio finalizou a sua apresentação com uma citação para a reflexão:

“The future has already arrived. It’s just not evenly distributed yet”

William Gibson

ATUALIZAÇÃO

E chegou o vídeo!