Um GMAO integrado no campo?
Explicamos a importância da integração do sistema principal do departamento de manutenção. O CMMS.
Num artigo anterior, expliquei por que razão surgiu, ao longo dos últimos anos, a necessidade da integração de sistemas dentro do contexto da transformação digital. Se quiserem ler o artigo em questão: “A importância da integração de sistemas”.
No presente artigo, vamos centrar-nos na importância da integração do sistema principal do departamento de manutenção. O CMMS.
Tradicionalmente, os sistemas de gestão da manutenção CMMS têm sido um silo de informação relacionada com a manutenção dos ativos de uma organização. Esta informação só era explorada pelos departamentos de manutenção e, dependendo da organização, eram extraídos relatórios com certos KPI para apresentar à direção o desempenho do departamento.
Os sistemas CMMS não estavam integrados com outros sistemas nem dispunham de dados em tempo real provenientes do terreno. Este facto limitava a informação disponível para os departamentos de manutenção, propiciando que a estratégia de manutenção fosse reativa aos acontecimentos do terreno.
Ao trabalhar como um sistema isolado, não permitiam:
- Antecipar futuras anomalias ou avarias na fábrica
- Tomar decisões precoces
- Partilhar dados relevantes com outros sistemas
I Novos paradigmas
Anos atrás, o facto de o CMMS ser um sistema a trabalhar isoladamente não preocupava as organizações, nem tampouco era um problema para que o departamento de manutenção desenvolvesse as suas funções.
No entanto, a entrada de novos paradigmas atuais alterou as necessidades das organizações a este respeito.
A crescente concorrência do mercado obriga as organizações a ser mais eficientes e produtivas. E, para tal, as organizações trabalham para eliminar as ineficiências, a fim de reduzir os custos operacionais em todos os âmbitos. No caso concreto do âmbito da manutenção, uma possível redução de custos operacionais pode provir da redução de manutenções preventivas desnecessárias, bem como minimizar as manutenções corretivas ao antecipar futuras anomalias ou avarias nos ativos. Tudo isto, naturalmente, assegurando a disponibilidade e fiabilidade ótimas das instalações.
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